Retirou-se de funções executivas da Sonae mas não parou de pensar o País. Assertivo, como sempre, Belmiro de Azevedo conserva a liberdade de dizer o que pensa. Às vezes com humor. VEJA O VÍDEO COM EXCERTOS DA ENTREVISTA PUBLICADA NA VISÃO DESTA SEMANA
"Aqui tenho tudo debaixo de olho." E é verdade. Aos fins-de-semana, Belmiro de Azevedo, acompanhado de sua mulher, Margarida, agarra o volante do seu BMW e ruma ao Marco de Canaveses. Na Casa de Ambrães, onde cresceu com os pais, pode reunir os três filhos, os sete netos, os antigos colegas do andebol e do curso, um grupo de caçadores ou de pescadores. Ou artistas, como Siza Vieira, médicos, como João Lobo Antunes, e outras personalidades, como Teresa Patrício Gouveia ou Álvaro Barreto. Pode acabar tudo à volta de uma caldeirada, daquelas que se comem com gosto. Por certo, não será "o Engenheiro" a cozinhá-la, porque só sabe "fazer café e grelhar um bom bife". Mas será certamente sobre ele que as atenções se concentrarão. Despido o fato e a gravata, o fundador da Sonae foi seguido pelos seus cães quando guiou a VISÃO num tour pelo seu pequeno paraíso. E pelo seu centro de processamento de kiwis, bem ali ao lado, onde mata saudades da indústria e veste a pele de produtor. Foi a segunda parte de uma entrevista que começou dias antes, no seu escritório da Maia. Em breve, um dos empresários mais ouvidos do País fará 72 anos, mas continua a levar trabalho para casa. "Gosto muito de estar aqui. Está-se muito bem." No escritório, pode sentar-se na poltrona azul, bem perto da lareira a ler as memórias de Adriano Moreira. "Um livro muito interessante." Amado por uns, temido por outros, Belmiro de Azevedo também connosco partilhou memórias. Com o seu olhar crítico, apontou caminhos. Quer políticos mais "competentes", um povo "mais exigente" e um país "mais criativo" |
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