sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Corpo consegue recuperar de radiações

O tema é polémico entre os físicos e tem uma nova campanha em forma de livro −“Radiation and Reason”, lançado em 2009 no Reino Unido por Wade Allison.

Quando se fala em Hiroshima, Nagasaki e no acidente nuclear de Chernobil associamos rapidamente estes fenómenos às consequências dramáticas da radioactividade.

No entanto, ainda há questões sem resposta no que toca aos efeitos das baixas doses das chamadas radiações ionizantes (campos de energia capazes de desintegrar átomos e afectar o DNA).






Wade Allison, autor de “Radiation and Reason”
Wade Allison, autor de “Radiation and Reason”

Ao contrário da grande parte dos investigadores, Wade Allison, da Universidade de Oxford, acredita que esta percepção está a hipotecar o papel do nuclear em problemas como o aquecimento global.

O livro tem um site associado destinado a combater a associação entre o aspecto científico e o histórico da radiação. Diz o investigador: “Não tinha percebido comentários negativos até á última sexta-feira”, data em que o livro foi mencionado no The Guardian.

O autor e professor de Física, explica no seu site: “Quando discuto os efeitos seguros das radiações com os meus colegas médicos e físicos todos dizem ‘sim, claro’ mas rapidamente acrescentam que ‘a Imprensa e a opinião pública nunca aceitariam a mudança’”. O medo do nuclear arrasta a hesitação: "Quando as pessoas estão assustadas, os políticos têm dificuldade em tomar decisões”.

De acordo com Allison, abaixo de um determinado limiar, o organismo tem capacidade para recuperar dos efeitos da radiação, até com efeitos benignos e defende que “as decisões importantes não podem continuar nas mãos de um painel de especialistas. Se assim for, o nosso destino não será melhor do que o do urso polar."

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